quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Velho Tema

Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada.
E que não chega nunca em toda a vida.

Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa, que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim: mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.

Lembrando de Mário Quintana



"Quando se vê, já são seis horas...
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já é Natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
A vida são deveres que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, passaram-se 50 anos
Quando se vê, não sabemos mais por onde andam nossos amigos.
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.

Agora, é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, uma oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.

Seguraria todos os meus amigos, que já não sei onde e como estão, e diria:
Vocês são extremamente importantes para mim.

Seguraria o meu amor, que está, há muito, à minha frente, e diria:
Eu te amo.
Dessa forma, eu digo: não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter alguém ao seu lado, ou de fazer algo, por puro medo de ser feliz.

A única falta que terá, será desse tempo que infelizmente...não voltará mais. "